Como base no material didático o método pedagogizador é um modelo de
educação baseado na perspectiva da razão instrumental que se resume a instruir,
reproduzir um tipo de conhecimento que não é relevante para as reais
necessidades do aluno, mas sim para atender a uma sociedade mercadológica e
tecnocrática. Ou seja, é um modelo educacional que conduz o aluno como um
objeto a ser conhecido e treinado para atender as exigências do mercado.
O método pedagogizador tem sido muito criticado por teórico da educação.
Segundo estudiosos do assunto para reverter o modelo de educação pautada pelo
estilo pedagogizador, é preciso compreender a educação dentro da sociedade e
desenvolver alternativas pedagógicas que venha orientar uma ação educacional
para o despertar crítico, reflexivo e independente do aluno.
Embora Habermas não tenha elaborado uma filosofia da educação, pode-se
identificar em seu pensamento uma visão a respeito da educação. Os
teóricos da educação acreditam que uma prática pedagógica associada à teoria da
ação comunicativa proposta por Habermas pode contribuir para um pensar crítico
em prol de uma educação voltada para a formação do sujeito emancipado, sensível
e ético.
Teoria da ação comunicativa concebe o espaço da
escola como o lugar de exercitar a intersubjetividade entre
aluno/professor/escola/família e comunidade, com o intuito de discutir os rumos
da sociedade. O indivíduo como sujeito e ator social, poderão refletir sobre os
problemas da sociedade, interpretar, participar, dialogar e lutar por
interesses comuns.
Neste sentido, pode-se concluir que o modelo de educação calcado na
intersubjetividade é mais apto para a construção de pessoas realmente
esclarecidas, criativas e autônomas, uma vez que, uma educação guiada pela intersubjetividade tem em vista a valorização
social, política, econômica e ética. Assim, a prática da intersubjetividade no
campo da educação supera o modelo “pedagogizador” ao tornar indivíduos mais
livres, autônomos, capazes de avaliar seus atos à luz dos conhecimentos, à luz
das normas sociais legítimas, tendo propósitos lúcidos e sinceros, abertos à
crítica.
Fonte: Filosofia da
Educação (JARDIM, BORGES FREITAS at al, 2011)
Quando o professor percebe que existe uma indiferença entre o eu e o outro, ele passa a adquirir um novo olhar sobre o aluno, refletindo sua prática e ações percebendo que o mesmo é o sujeito do processo de ensino-aprendizagem, portanto seu objeto de estudo, isto é, não se pode definir previamente quais serão seus desejos e aspirações, dificuldades e habilidades.
ResponderExcluirMarta em uma outra visão...
ResponderExcluirNuma visão crítica da história da educação (Mate, 2002), a escolarização pode ser vista como um processo de racionalização do tempo dos indivíduos e gradativa disciplinarização de seus corpos, legitimando- se saberes e espaços que são apresentados como partes naturais da escolaridade.
A racionalização do tempo dos indivíduos dentro da instituição escolar nos remete a um longo processo de organização e legitimação de saberes, espaços e materiais relativos ao ensino/aprendizagem, criação de relações pedagógicas impessoais e formais, imposição de tarefas extrínsecas aos interesses de alunos e professores, organização burocrática do tempo e horário escolares, hierarquia de funções etc. São formas que resultaram de gradativa disciplinarização dos corpos dentro de espaços e tempos determinados, e que hoje se apresentam como naturais, como parte da escolaridade. (p. 25-26)
Fonte: http://www.revistas.ufg.br/index.php/interacao/article/download/5270/4673